A boca da maioria das pessoas é uma “porteira
aberta”, as mesmas não conseguem controlá-la e falam o tempo todo e de assuntos
que não edificam o próximo, pelo contrário, o escandaliza.
Eu vos digo que de toda palavra inútil que os homens disserem darão
contas no Dia do “Julgamento” (Mt 12, 36).
Feliz daquele que sabe controlar-se e dizer somente
o necessário; que pede ajuda a Deus para falar com prudência: “Senhor, coloca uma guarda em minha boca, uma
sentinela à porta dos meus lábios” (Sl 140, 3).
É preciso buscar a perfeição também no falar, isto
é, saber usar bem a língua, o homem domina toda espécie de feras. Mas a língua, ninguém consegue domá-la: ela
é um mal irrequieto e está cheia de veneno mortífero Tg 3:7-8, e aquele que
já conseguiu dominá-la está bem adiantado no caminho da santidade: “Aquele que
não peca no falar é realmente um homem perfeito, capaz de refrear todo o seu
corpo” (Tg 3, 2).
Quais são as palavras “inúteis”, “vãs” e “ociosas”
que o Senhor pedirá contas no Dia do Julgamento? São as palavras ferinas as que
destroem o próximo e embirraram os sonhos dos outros; nossas palavras podem ser
para nos crescer ou nos aprisionar, somos donos dos nossos pensamentos e
escravos do nosso falar.